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Anima Mundi começou hoje com mais de 400 filmes em sua mostra no Rio

Flávia Villela – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 10/07/2015 - 21:30
Rio de Janeiro
Começa no Rio de Janeiro a 23 edição do Anima Mundi Festival Internacional de Animação do Brasil. O festival exibirá 450 filmes de 40 países (Tomaz Silva/Agência Brasil)

    Com exibição de 450 filmes de 40 países, Anima Mundi espera atrair 100 mil pessoas Tomaz Silva/Agência Brasil

O Anima Mundi começou hoje (10) no Rio de Janeiro, prometendo atrair, segundo estimativa dos organizadores, cerca de 100 mil pessoas nos seis dias de duração do segundo maior festival de filmes de animação do mundo. O primeiro é o Annecy, na França.

Na 23ª edição, o Anima Mundi vai exibir mais de 450 produções, entre curtas e longas, além de exposições e palestras. Este ano o evento ocorre na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Antes, era no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro. Com a mudança de local, a oferta de lugares e os espaços das oficinas e exposições aumentaram.

Começa no Rio de Janeiro a 23 edição do Anima Mundi Festival Internacional de Animação do Brasil. O festival exibirá 450 filmes de 40 países (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Festival  ocorre  este  ano  na  Cidade  das  Artes,

na  Barra  da  Tijuca  Tomaz Silva/Agência Brasil

Para o diretor do festival, Cesar Coelho, o novo espaço representa a concretização de um sonho para os organizadores por permitir concentrar mais atividades. “Desde o início, queríamos reunir em um lugar só um planeta animação, um lugar onde podemos ter desde os melhores filmes produzidos atualmente aos filmes feitos por crianças na escola, conversas profissionais, reuniões de negócios, as oficinas e as exposições.”

A professora Regina Paula Gomide, de 50 anos, que já participou de edições anteriores, aprovou a mudança. “O espaço é maravilhoso, arejado, tem lugar para estacionar. E daqui a um tempo será um absoluto sucesso, pois haverá metrô, o BRT [Bus Rapid Transit] vai estar concluído, terá muita ibilidade.”

Os estudantes de escolas públicas eram maioria nesta tarde. Eles participaram de várias atividades, por exemplo, da oficina para animação com bonecos de massinha e das sessões de cinema. Emanuel Miranda, de 9 anos, saiu do bairro de Santa Cruz, na zona oeste, com os colegas da Escola Marinheiro João Cândido. Ele gostou mais da sessão de curtas infantis. “[O filme] fala sobre o filho que se perde da mãe e do pai. Foi meio triste, mas muito emocionante. Adoro cinema. E aqui é muito divertido”, disse Emanuel, que lamentou não ir muito ao cinema.

Cesar Coelho informou que este ano o Anima Mundi teve 1,6 mil filmes inscritos. “Cada vez a seleção está ficando mais rigorosa, pois a competição está aumentando também”. O diretor do festival ressaltou, ao falar especificamente das produções brasileiras, que elas estão maiores e com mais qualidade. “Estamos mais maduros, não apenas na técnica, como também na narrativa.”

Coelho comemorou também o fato de o Anima Mundi ter provocado o crescimento do mercado de animação no Brasil. “Hoje temos um setor muito dinâmico e forte. Inclusive, nos últimos três anos, nós, brasileiros, levamos o primeiro lugar na competição do Festival de Annecy”.

O diretor do Anima Mundi, Cesar Coelho conversa sobre a 23 edição do Anima Mundi Festival Internacional de Animação do Brasil. O festival exibirá 450 filmes de 40 países (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Anima  Mundi  provocou  crescimento  do  mercado

de  animação  no  Brasi,  diz  o  diretor  do  festival,   Cesar Coelho      Tomaz  Silva/Agência  Brasil

Este ano, o festival comemora os dez anos do Anima Fórum, espaço de discussão sobre o mercado de animação que reúne produtores, animadores, executivos e representantes governamentais. Também são feitas palestras e workshops, onde são firmadas parcerias nacionais e internacionais. “Este ano falaremos de coprodução com a França, como transformar uma ideia em produto rentável, das especificidades da animação e do desenvolvimento de personagem, entre ouros temas”, disse Coelho.

O estudante de design Bruno Monteiro Avelino, de 17 anos, que participa pela primeira vez do Anima Mundi, interessou-se pela animação. “Vou participar do workshop e da mesa-redonda sobre animação independente, que é com o que quero trabalhar”, disse. “Quero trabalhar com animação. Então, para mim, este é um mundo fantástico.”

Começa no Rio de Janeiro a 23 edição do Anima Mundi Festival Internacional de Animação do Brasil. O festival exibirá 450 filmes de 40 países (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Festival sempre atrai jovens que querem saber como se produz um filme de animação Tomaz Silva/Agência Brasil

O evento tem patrocínio do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, da Petrobras, da IBM, do Banco Nacional de Desenvolvimentos Econômico e Social (BNDES), da Secretaria de Estado de Cultura do Rio e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro. Com exceção das sessões competitivas de cinema e dos longas-metragens, as demais atrações são gratuitas. É necessário apenas chegar com antecedência para pegar as senhas.

Além Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, haverá sessões no Cinema Odeon e no Auditório BNDES, no centro da cidade, e no Oi Futuro, em Ipanema. A partir de sexta-feira (17), o Anima Mundi estará em São Paulo, na Cinemateca Brasileira, onde fica até o dia 22. A programação completa pode ser encontrada no site do Anima Mundi.