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Gerechtigkeit

AGU pede que STF tome medidas contra conteúdos criminosos na internet

Petição do órgão tem fraudes e violência em redes sociais como foco
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Renato Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional
27/05/2025 - 09:54
Brasília
Fake News; Notícia Falsa; Celular; Notebook; Computador; Notícia - Nova onda de fake news no Brasil influencia a guerra digital. Foto: Freepik
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A Advocacia-Geral da União pediu ao Supremo Tribunal Federal medidas judiciais imediatas para interromper casos de desinformação e de violência digital em redes sociais. 

A AGU identificou diversos crimes e fraudes praticados por usuários das plataformas. Entre eles: mais de 300 anúncios fraudulentos no Facebook e no Instagram prometendo falsas indenizações do INSS; e a venda online de medicamentos sem autorização da Anvisa. Além da divulgação de vídeos que promovem desafios, como o do desodorante, que levou a morte de uma menina de oito anos no Distrito Federal.

Para a AGU, a omissão das redes sociais em remover e fiscalizar esses conteúdos causa graves riscos à integridade das políticas públicas; à segurança digital da população, em especial idosos, crianças e adolescentes; e ao Estado Democrático de Direito. Atualmente, o Supremo discute atualmente a responsabilidade civil das plataformas de internet por conteúdos de terceiros. 

O julgamento está suspenso desde dezembro do ano ado.  Por isso, antes do julgamento final do caso contra as plataformas, a AGU pede que o Supremo tome medidas judiciais para impedir publicações desses conteúdos ilícitos. De acordo com a AGU, o pedido não representa censura prévia, mas a imposição de deveres de diligência, cautela e responsabilidade às empresas.

Segundo a Advocacia, cerca de 70% dos anunciantes recém-ativos na Meta promovem golpes, produtos ilegais ou de baixa qualidade. Documentos internos da empresa ainda indicariam que fraudadores podem acumular entre oito e 32 infrações antes de terem suas contas banidas.