Consumo de gás natural cresce 3,3% e volta a bater recorde em abril, diz Abegás

O consumo de gás natural no país cresceu 3,3%, de março para abril deste ano, atingindo demanda média diária de 77,2 milhões de metros cúbicos. Segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), é o segundo recorde mensal consecutivo desde o início da distribuição do insumo no país, em 1991.

Até então, os maiores índices alcançados haviam sido o de maio de 2013, quando a demanda pelo produtor atingiu 73,3 milhões de metros cúbicos por dia, e de março deste ano, quando o consumo chegou a 74,6 milhões de metros cúbicos por dia.

Os dados da Abegás indicam que o aumento do consumo de gás no país está diretamente ligado aos níveis dos reservatórios de água, ainda abaixo do esperado, o que leva a um crescente aumento do despacho de energia proveniente das termelétricas, que continua impulsionando o consumo.

Com isso, o segmento de geração elétrica proveniente das térmicas aumentou 4,8%, na comparação com março de 2014, e 38,7%, em relação ao mesmo período do ano ado.

As informações da Abegás indicam que o consumo residencial foi o que mais cresceu: 27,3%, em relação a março de 2014, e 9,2% na comparação com abril de 2013. O segmento industrial vem crescendo, embora de maneira moderada, refletindo o comportamento da economia brasileira: 0,8%, quando comparado ao mesmo período do ano ado e 1,2%, em relação a março deste ano.

Melhor desempenho teve o segmento comercial que, em relação a março de 2013, chegou a crescer 7,2%. Comparativamente a abril, houve expansão de 2,8%. O segmento automotivo foi o único que apresentou retração: -0,6% na comparação com março deste ano e -3,8% em relação a abril de 2013.

A Abegás contabiliza 2,4 milhões de consumidores em todo o país. Regionalmente, o Sudeste concentra o maior consumo de gás natural, com demanda média diária de 16,2 milhões de metros cúbicos, seguida pelo Nordeste, com 3,4 milhões de metros cúbicos. As regiões Sul, Norte e Centro-Oeste consumiram, respectivamente, 2,1 milhões, 1,1 milhão e 892 mil metros cúbicos por dia.