logo Agência Brasil
General

Governo pode usar Tesouro para ressarcir vítimas do INSS

Objetivo é devolver descontos indevidos até 31 de dezembro
Baixar
Renato Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional
29/05/2025 - 13:26
Brasília
Brasília (DF), 14/05/2025 - Aposentada Neide Maria, recebeu o aviso no APP meu INSS, que teve desconto associativo nos últimos 5 anos.
A partir desta quarta-feira (14), os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem requerer a devolução de valores descontados indevidamente nos últimos anos. O pedido deve ser feito por meio do aplicativo Meu INSS, pelo site de mesmo nome ou pelo telefone 135.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
© Joédson Alves/Agência Brasil

O governo pode usar recursos do Tesouro Nacional para ressarcir as vítimas de fraudes do INSS. A ideia é devolver todos os descontos indevidos do INSS até 31 de dezembro. O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, confirmou a informação em entrevista ao programa Bom dia Ministro, da EBC, nesta quinta-feira. Segundo o ministro, o presidente Lula defendeu que o povo brasileiro e o governo não paguem essa conta, mas sim os fraudadores. 

A Advocacia-Geral da União já pediu o bloqueio de 2 bilhões 560 milhões de reais de 12 entidades associativas e seus dirigentes por envolvimento nas fraudes. De acordo com o ministro da Previdência Social, o governo vai até o máximo possível para não colocar dinheiro público ou do Tesouro Nacional nos ressarcimentos.

Nesta sexta-feira, aposentados e pensionistas do INSS já podem procurar uma das mais de 5 mil agências dos Correios em todo o país para verificar se houve algum desconto associativo não autorizado. Nove milhões de pessoas receberam comunicação do instituto para fazer a comprovação. Dois milhões e trezentas mil afirmaram não ter autorizado o desconto. Segundo o ministro, quem deixar de responder não será prejudicado. 

Wolney Queiroz disse que será feita uma busca ativa desses beneficiários. 

Serão atendidas, por exemplo, comunidades ribeirinhas, por meio de barcos, e pessoas com mobilidade reduzida, em veículos do INSS.