Agência Brasil explica: o que é o Bolsa Atleta

Ser um esportista de primeira linha requer muita dedicação e tempo, além de cuidados especiais com alimentação e saúde. Tudo isso fica complicado quando essa rotina inclui também a necessidade de trabalhar em outras frentes não ligadas ao esporte, na busca por uma autonomia financeira que possibilite arcar com os gastos naturais de um treinamento de alta performance.
Com o objetivo de garantir condições mínimas para “atletas brasileiros de alto rendimento que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais”, o governo mantém, desde 2005, um dos maiores programas de patrocínio individual de atletas do mundo: o Bolsa Atleta.
O programa garante “condições mínimas para que se dediquem, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e a competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas”, informa a Secretaria Especial do Esporte, do Ministério da Cidadania.
De acordo com a pasta, “são elegíveis, prioritariamente, atletas de alto rendimento praticantes de esportes que compõem os programas dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos”. De forma não prioritária, o benefício pode ser estendido a atletas de modalidades não olímpicas.
Todos os atletas devem, no entanto, estar atentos aos pré-requisitos determinados para a sua categoria. Seis categorias compõem, atualmente o Bolsa Atleta: atleta de base, estudantil, nacional, internacional, olímpico/paralímpico e pódio.
Após a do termo de adesão, eles são contemplados com 12 parcelas de benefícios, depositados em conta específica da Caixa Econômica Federal, com os valores definidos de acordo com as seguintes categorias: atleta de base (R$ 370), estudantil (R$ 370), nacional (R$ 925), internacional (R$ 1.850), olímpico/paralímpico (R$ 3.100) e pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil).
Os depósitos são feitos sem intermediários e a principal prestação de contas do atleta ao governo e à sociedade “é a obtenção de resultados expressivos nas disputas”, conforme explica o Ministério da Cidadania.
Segundo a pasta, o impacto do Bolsa Atleta foi medido nos Jogos Rio 2016, onde 77% dos 465 atletas convocados para defender o Brasil eram bolsistas. “Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros – a melhor campanha da história –, apenas o ouro do futebol masculino não teve bolsistas”, acrescenta o ministério.
Os Jogos Paralímpicos de 2016 contaram com 286 atletas brasileiros, dos quais 90,9% eram bolsistas. O resultado foram 72 medalhas em 13 esportes – todas obtidas por beneficiários do programa. Foram 14 medalhas de ouro, 29 de prata e 29 de bronze.
Os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Lima, em 2019 no Peru, também foram bastante positivos para os atletas brasileiros. Dos 485 atletas originalmente inscritos pelo Comitê Olímpico do Brasil para o Pan de Lima, 333 eram bolsistas. Os bolsistas conquistaram 141 pódios.
No Parapan, o Brasil chegou ao topo do quadro de medalhas, com 308 pódios. Foram 124 medalhas de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Do total de medalhas, 287 (93,18%) foram conquistadas por atletas contemplados pelo Bolsa Atleta.
A solicitação para o Bolsa Atleta é feita de forma online, no site https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/bolsa-atleta/bolsa-atleta.
o a o para a adesão ao Bolsa Atleta
- As confederações esportivas indicam ao governo federal os eventos válidos para a concessão de bolsas
- A Secretaria Especial do Esporte lança o edital
- Atletas que chegaram ao pódio nas competições previstas fazem inscrição online em www.esporte.gov.br
- Atletas enviam documentação conforme descrito no edital
- Secretaria Especial do Esporte valida a documentação
- Publicação da lista de contemplados no Diário Oficial da União
- Atletas selecionados assinam termo de adesão
- Com a bolsa aprovada, o atleta recebe 12 parcelas do benefício pelo período de um ano



