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Politique

Lula condena genocídio em Gaza e novos assentamentos na Cisjordânia

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Renato Ribeiro - repórter da Rádio Nacional
01/06/2025 - 16:56
Brasília
Palestinians react as they inspect the damage at the site of an Israeli strike on a house, in Gaza City, June 1, 2025. REUTERS/Mahmoud Issa
© Reuters/Mahmoud Issa/Proibida reprodução

O presidente Lula condenou, neste domingo (1º), o anúncio da criação de novos assentamentos na Palestina e os ataques de Israel na Faixa de Gaza. O presidente afirmou que o povo judeu não quer essa guerra, considerada, por ele, um genocídio.
 
Lula participou do encerramento da convenção nacional do PSB, em Brasília. No discurso, o presidente leu uma nota do Itamaraty em que o governo brasileiro condena “nos mais fortes termos” a aprovação, pelo governo israelense, de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, território que faz parte do Estado da Palestina. E voltou a criticar o governo de Israel.

"Essa guerra, nem o povo judeu quer ela. Essa guerra é uma vingança de um governo contra a possibilidade da criação do Estado Palestino. Ora, o que nós estamos vendo não é uma guerra entre dois exércitos preparados, em um campo de batalha, com as mesmas armas... Não! O que nós estamos vendo é um exército altamente profissionalizado matando mulheres e crianças indefesas na Faixa de Gaza. Isso não é uma guerra, é um genocídio. Um desrespeito contra todas as decisões da ONU, que já pediu o fim dessa guerra." 

O presidente Lula destacou que o Brasil tem papel importante nas negociações de paz. 

"É preciso negociar, porque o Brasil também foi contra a ocupação territorial feita pela Rússia. O Brasil... a gente não quer guerra. O mundo está precisando de paz, de harmonia. O mundo está precisando de livros e não de armas. E eu, então, acho que o Brasil tem um papel extremamente importante."

A nota do Itamaraty, divulgada neste domingo, diz ainda que o Brasil repudia as recorrentes medidas unilaterais tomadas pelo governo israelense, que, ao imporem situação equivalente à anexação do território palestino ocupado, comprometem a implementação da solução de dois Estados.