Caminhada arrecada recursos para o Instituto Nacional do Câncer
Mais de mil pessoas se inscreveram para participar hoje (8), na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio de Janeiro, da 11ª Caminhada Contra o Câncer – Walkathon. Promovido por alunos da Escola Americana, em conjunto com a Fundação do Câncer, parceira privada do Instituto Nacional do Câncer (Inca) do Ministério da Saúde há mais de 20 anos, o evento vai arrecadar recursos para a Seção de Oncologia Pediátrica do Inca, que conta com 36 leitos para internação e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para crianças. A largada ocorreu às 10h, no Parque dos Patins. 
Na edição do ano ado, participaram 650 pessoas. Foram arrecadados com a iniciativa R$ 53 mil, reados pela Fundação do Câncer para o Inca.
A gerente de Marketing e Captação de Recursos da Fundação do Câncer, Cláudia Gomes, destacou a evolução registrada desde edições adas. “Em 2009, por exemplo, foram R$ 20 mil; em 2010, R$ 27 mil; em 2012, R$ 31 mil”.
O importante, disse, é que apesar de dispor de toda a infraestrutura para atendimento de qualidade às crianças, alguns serviços, medicamentos e equipamentos do Inca precisam ser adquiridos por meio de doação.
A informação foi confirmada pela médica Sima Ferman, chefe da Seção de Oncologia Pediátrica do Inca. “Sempre tem alguma coisa que falta ou que a gente não consegue disponibilizar rapidamente. E essa verba [da doação] é que vai fazer a diferença no sentido de facilitar, para que eu não deixe de dar nada que a criança precise, para que ela tenha o melhor tratamento possível”.
Sima Ferman elogiou o voluntariado dos alunos da escola e sua mobilização sobre o tema. Ela destacou que o dinheiro que resulta da caminhada permite adquirir remédios em um processo rápido, sem que haja necessidade de abrir licitação com essa finalidade.
O câncer infantojuvenil é potencialmente curável, assegurou a médica, desde que haja diagnóstico precoce e tratamento especializado. A média no Brasil é 250 casos novos por ano. O câncer em crianças representa 3% do total de cerca de 11 mil novos casos previstos no país.
“Câncer na criança é um problema de saúde pública, é a segunda causa de morte no Brasil e no mundo”. Em média, o tratamento em crianças e adolescentes dura entre seis meses e dois anos.
A partir daí, os pacientes têm um acompanhamento que se estende por cinco anos. Ao fim desse prazo, eles são considerados curados, embora permaneçam sendo controlados a vida toda, incluindo sua reintegração social. Atualmente, 400 crianças estão em tratamento de câncer no Inca.
