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Funcionários terceirizados da Universidade Federal Fluminense mantêm greve

Da Agência Brasil
Publicado em 18/03/2015 - 16:08
Rio de Janeiro

 Os trabalhadores terceirizados da Universidade Federal Fluminense (UFF) informaram hoje (18) que mantêm a greve por falta de pagamento dos salários. Desde ontem (17), funcionários que aderiram ao movimento impedem a entrada de alunos e professores no campus de Gragoatá, no Centro de Niterói. A greve teve começou sexta-feira (13).

De acordo com representantes das duas categorias em greve, ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, funcionários da área de segurança não receberam o salário de fevereiro. Os trabalhadores terceirizados do setor istrativo não recebem salários desde dezembro. O sindicato informou que os empregados só voltam a trabalhar após o pagamento dos salários atrasados.

A UFF informou, em nota, que os recursos recebidos do governo federal não têm sido suficientes para honrar os compromissos financeiros com concessionárias e empresas prestadoras de serviços essenciais como água, luz, limpeza e segurança.  A istração da universidade disse que ordenou o pagamento, mas a responsabilidade pela liberação do dinheiro é do governo federal.

A Croll, uma das empresas da qual fazem parte os trabalhadores terceirizados, afirma que a UFF não fez o ree das verbas para pagamento dos funcionários e que pediu empréstimo para pagar os trabalhadores na próxima sexta-feira (20).

A Agência Brasil tentou entrar em contato com a Vpar, responsável pelos funcionários terceirizados do setor istrativo, mas a empresa não atendeu.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o governo federal autorizou a liberação de 1/12 dos recursos destinados às instituições federais, entre elas a UFF, a partir deste mês. A medida permitirá que as instituições, que têm autonomia para gerir seus recursos, normalizem os calendários de pagamento do custeio e investimento, informou a assessoria do MEC, em nota. Segundo o MEC, até março deste ano, foram reados às universidades e aos institutos R$ 1,38 bilhão para suas atividades de custeio e investimento.

Também por falta de pagamento aos serviços terceirizados, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decidiu adiar o início das aulas para os cursos de ensino superior de 2 para 9 de março. Os prestadores dos serviços terceirizados paralisaram atividades devido à falta de pagamento. O calendário do Colégio de Aplicação da universidade também sofreu alterações. As aulas para o terceiro ano do ensino médio começam hoje (18) e a direção prevê que todos os alunos retornem na próxima segunda-feira (23).

Os funcionários terceirizados da UFF não são os únicos a sofrer com atrasos no pagamento. Em dezembro do ano ado, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) teve de antecipar o recesso das aulas, após os funcionários da limpeza, que, sem receber por dois meses, protestaram espalhando lixo em todo o campus, na zona norte do Rio de Janeiro.