Sindicato diz que greve de servidores do INSS precisa ser fortalecida no Rio
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do estado do Rio de Janeiro decidiram, por unanimidade, em assembleia nesta sexta-feira (24), manter a greve, que chegou ao décimo oitavo dia. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sindsprev-RJ), servidores de 80% das agências da Previdência Social (APS) do estado aderiram à greve.
O diretor do Sindsprev-Rj, Rolando Medeiros, disse, porém, que o estado do Rio de Janeiro ainda não está respondendo à altura da greve nacional. “Precisamos da ajuda de todos os companheiros para construir uma greve forte e consolidada”.
A diretora do sindicato Janira Rocha também considera que a greve nacional está muito forte e que o movimento precisa ser fortalecido no estado. Para ela, falta mais mobilização dos servidores. “Para conseguirmos nossos objetivos, a greve precisa ter organização, unidade e mobilização, mas nós ainda não estamos mobilizados”, afirmou.
O dirigente sindical Luiz Fernando Carvalho diz que o caminho está na unificação de lutas das categorias. “É fundamental unificar as categorias em luta e os comandos de greve, ainda que as reivindicações sejam diferentes. O nosso caminho é a unificação.".
Segundo comunicado divulgado hoje pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), a greve está presente em 26 estados do país, com mais de 80% de paralisação em mais de 1.100 APS do Brasil.
Pelo balanço do Ministério da Previdência Social, das 1.605 agências do país, 326 (20,3%) estão paralisadas e 804 funcionam parcialmente. De acordo com o informe, as unidades do INSS fizeram 67.456 atendimentos. Além disso, dos 32.487 servidores de carreira, 4.136 (12,73%) aderiram à greve – esse número diz respeito aos servidores que receberam falta por motivo de greve. A central de atendimento 135 está à disposição para informar quais agências estão funcionando, em que condições, de modo a orientar os cidadãos, assegura a nota do INSS.
A categoria reivindica reajuste salarial imediato de 27,3%, incorporação de gratificações, plano de cargos e carreiras, mais isonomia salarial e paridade entre ativos e aposentados e concursos públicos pelo Regime Jurídico Único para aumentar o número de servidores que, segundo o movimento, é insuficiente para garantir atendimento de qualidade à população.



