Colapso da ordem internacional e terrorismo são debatidos em conferência
O colapso da ordem internacional, tendo em conta a crise na Ucrânia e as suas implicações na segurança europeia, é um dos tópicos centrais da 51ª edição da Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, que começa na sexta-feira (13).
A agenda da conferência, que se prolonga até domingo (15), inclui ainda a deterioração da situação no Oriente Médio, a crise global dos refugiados e a luta contra o terrorismo.
O evento será presidido pelo embaixador alemão Wolfgang Ischinger, que irá receber a chanceler Angela Merkel, os presidentes da Finlândia, Sauli Niinistö, da Lituânia, Dalia Grybauskaite, e da Estônia, Toomas Hendrik Ilves, bem como os primeiros-ministros do Iraque, Haider Al Abadi, e do Líbano, Tammam Salam, e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Jens Stoltenberg.
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, a alta representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Federica Mogherini, o conselheiro de Estado chinês Yang Jiechi e os chanceleres da Rússia, Sergei Lavrov, e da Coreia do Sul, Yun Byung-se, também marcarão presença no evento.
A 51ª edição da Conferência de Segurança de Munique contará ainda com líderes de cerca de 30 grandes empresas globais.
Paralelamente ao encontro, ocorrerá uma reunião do de Pessoas Eminentes sobre a Segurança Europeia como Projeto Comum, que se realiza pela primeira vez e terá a missão de fazer sugestões, nos próximos 12 meses, sobre a forma de reforçar a confiança nas regiões Euro-Atlântica e Eurásia e como construir um sistema mais resiliente de segurança europeia.
A questão das armas defensivas a serem fornecidas pelos Estados Unidos para enfrentar os avanços dos separatistas pró-russos no Leste da Ucrânia deverá também ser esclarecida no evento, após o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, se encontrar com Sergei Lavrov.
No âmbito da conferência internacional anual, é também esperado um encontro entre o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e o vice-presidente dos EUA, Joe Biden.
Na abertura da conferência será apresentado o Relatório de Segurança de Munique 2015. Entre os dados disponibilizados pelo documento destaca-se que, em uma pesquisa sobre o envolvimento mais ativo da Alemanha na crise internacional, 34% dos alemães pesquisados se manifestaram favoravelmente (em 2014 foram 37%), enquanto 62% (contra 60% em 2014) preferem que o país continue a intervir de forma moderada.
O aumento do número de combatentes estrangeiros que estão se juntando a grupos jihadistas no Iraque e na Síria - com 1.200 oriundos da França e 500 a 600 da Alemanha, além dos provenientes da Ásia Central - é outra conclusão do relatório que servirá de e à reunião.

