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Internacional

Ataques no Afeganistão matam, pelo menos, 31 militares e 50 talibãs

Da Agência EFE
Publicado em 12/07/2018 - 09:02
Cabul
Agência EFE

Pelo menos 31 membros das forças de segurança e 50 talibãs morreram e outros 15 agentes ficaram feridos em vários ataques a postos de controle no nordeste do Afeganistão, informaram à Agência EFE fontes oficiais nesta quinta-feira (12).

Os ataques coordenados contra vários postos de controle e uma base das forças de segurança afegãs na província de Kunduz e na vizinha Takhar começaram durante a madrugada, informou o porta-voz do governador de Takhar, Sanatullah Timori.

"Foram levados ao Hospital de Takhar a zona do ataque, "31 corpos das forças de segurança e 15 feridos, acrescentou Timori.

Segundo a mesma fonte, os talibãs capturaram vários postos de segurança da polícia local e uma base do Exército.

O porta-voz explicou que quando os reforços das forças de segurança alcançaram a zona, os insurgentes se retiraram após um breve tiroteio, e precisou que a área se encontra sob controle do Governo.

Hanif Rezaee, porta-voz do Corpo 209 Shaheen do Exército, a cargo do norte do país, afirmou à Agência EFE que pelo menos 50 talibãs morreram durante os ataques e reduziu para 15 as vítimas mortais entre as forças afegãs.

Os insurgentes destruíram em primeiro lugar uma ponte na cidade de Pul-e-Momin, situada entre as províncias de Kunduz e de Takhar, "para impedir que os reforços chegassem à região" e depois atacaram os postos de controle, disse Rezaee.

O porta-voz dos talibãs, Zabihulla Mujahid, reivindicou o ataque em mensagem na rede social Twitter e afirmou que os insurgentes tomaram o controle de cinco postos de controle e mataram ou feriram a 16 membros das forças de segurança.

Em 9 de junho, vários ataques talibãs a postos de controle na província de Kunduz terminaram com a morte de pelo menos 14 policiais e 8 insurgentes.

Inundação no norte do Afeganistão

Pelo menos dez pessoas morreram e centenas foram deslocadas por uma inundação provocada pelo derretimento de várias geleiras sobre um lago na província de Panjshir, no norte do Afeganistão, informaram hoje à Agência EFE fontes oficiais.

"As nossas informações iniciais mostram que dez pessoas, entre as quais estão várias mulheres, morreram, embora o número possa aumentar nas próximas horas", afirmou o porta-voz do governador provincial, Abgdul Wadoud Alimardan.

Segundo Alimardan, o desastre natural ocorreu durante a madrugada, quando as elevadas temperaturas provocaram o derretimento de várias geleiras, que caíram sobre um lago situado no distrito de Khenj e causaram inundações vale abaixo.

"Centenas de casas, lojas e centenas de hectares de terra cultiváveis também foram destruídas pela inundação", acrescentou Almardan.

O porta-voz afirmou que centenas de residentes do vale puderam fugir de suas casas a tempo e se refugiar em zonas elevadas durante a noite após o barulho incomum do rio os alertar.

"Se os moradores não tivessem fugido de suas casas para zonas seguras, a tragédia poderia ter sido mais mortal".

Alimardan explicou que a inundação também destruiu algumas partes da estrada que conecta a província de Panjshir com Cabul, por isso que o Governo enviou maquinaria para reabrir a rota.

O porta-voz da Autoridade afegã de Gestão de Desastres, Hashmat Khan Bahaduri, afirmou à EFE que o Governo utilizou helicópteros para transportar várias equipes de resgate à zona.

Bahaduri acrescentou que mais de 250 casas foram destruídas pela inundação, embora ainda seja cedo para fazer uma avaliação completa dos danos.

No Afeganistão, as inundaçõessão frequentes, especialmente por causa das fortes precipitações durante o período de monção entre junho e setembro, e deixam a cada ano grandes danos pessoas e materiais.

O país viveu em 2014 um dos seus piores desastres naturais, quando um deslizamento de terras, provocado pela chuva, causou a morte de mais de 2 mil pessoas no nordeste do Afeganistão, uma zona remota castigada por desastres naturais e carente das infraestruturas necessárias.