Líbia resgata 14 mil imigrantes no Mediterrâneo em 2018


A Guarda Costeira da Líbia, órgão controlado pelo governo apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Trípoli, resgatou 14 mil imigrantes no Mar Mediterrâneo desde o início deste ano. As informações foram divulgadas hoje (6) pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Segundo a ONU, a guarda costeira realizou 104 operações para salvar os imigrantes.
Mais de cem pessoas morreram na travessia. Das 14 mil pessoas interceptadas no Mar Mediterrâneo, mais de duas mil eram mulheres adultas e outras 1,3 mil crianças. Os números representam um aumento de 12% em relação a 2017, de acordo com a Acnur.
Segundo dados da ONU, 55 mil pessoas têm status de refugiadas na Líbia, a maioria delas da Palestina e do Iraque. Por outro lado, os pedidos de asilo são dominados por sírios e sudaneses.
As praias entre Trípoli e a fronteira com a Tunísia foram tomadas pelas máfias que tentam levar imigrantes à Europa pelo Mar Mediterrâneo, apesar da presença de forças europeias na região.
Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 171,6 mil imigrantes ilegais conseguiram chegar à Europa em 2017. Cerca de 3,1 mil morreram na travessia.
Dados publicados pela OIM na última semana mostram que 21,6 mil pessoas conseguiram cruzar o Mar Mediterrâneo com sucesso e chegar a portos de Malta ou da Itália. Mais de 1,2 mil não resistiram à tentativa e morreram no caminho.


