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Internacional

Hamas pede libertação de prisioneiros palestinos para aceitar trégua

Grupo palestino disse que libertará dez reféns vivos e 18 corpos
Reuters
Publicado em 31/05/2025 - 17:02
Cairo
Palestinos se reúnem em local de ataque a casa em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza
22/04/2025 Reuters/Hatem Khaled/Proibida reprodução
© REUTERS/Hatem Khaled/Proibida reprodução
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O grupo palestino Hamas disse no sábado que respondeu a uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo enviado do presidente dos EUA, Donald Trump, para o Oriente Médio, Steve Witkoff, aos mediadores, e incluiu uma exigência para o fim da guerra, que anteriormente era uma linha vermelha para Israel.

O grupo palestino disse em um comunicado que libertará dez reféns vivos e 18 corpos em troca da libertação de vários prisioneiros palestinos por Israel, respostas alinhadas com a proposta de Witkoff.

"Essa proposta tem como objetivo alcançar um cessar-fogo permanente, uma retirada abrangente da Faixa de Gaza e garantir o fluxo de ajuda ao nosso povo e às nossas famílias na Faixa de Gaza", declarou o Hamas.

O gabinete do primeiro-ministro israelense não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A mídia israelense informou no início desta semana que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse às famílias dos reféns mantidos em Gaza que Israel havia aceitado o acordo apresentado por Witkoff. O gabinete do primeiro-ministro se recusou a comentar na época.

As profundas divergências entre o Hamas e Israel impediram tentativas anteriores de restaurar um cessar-fogo que foi interrompido em março.

Israel insistiu que o Hamas se desarmasse completamente, fosse desmantelado como força militar e governamental e devolvesse todos os 58 reféns ainda mantidos em Gaza antes de concordar com o fim da guerra.

O Hamas rejeitou a exigência de entregar suas armas e diz que Israel deve retirar suas tropas de Gaza e se comprometer a encerrar a guerra.

Israel lançou sua campanha em Gaza em resposta ao ataque do Hamas no sul do país, em 7 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas e fez 251 israelenses reféns em Gaza, de acordo com os registros israelenses.

A campanha militar israelense subsequente matou mais de 54 mil palestinos, segundo autoridades de saúde de Gaza, e deixou o enclave em ruínas.