Dilma entrega Ordem do Mérito Cultural

Prêmios foram entregues a 26 personalidades e 4 instituições
A presidenta Dilma Rousseff entregou, nesta quarta-feira (5), a Ordem do Mérito Cultural a 26 personalidades e quatro instituições. O prêmio é entregue anualmente a pessoas e entidades que contribuíram para o desenvolvimento da identidade cultural do país em segmentos como música, audiovisual, moda, artes plásticas, literatura, gastronomia, culturas populares e tradicionais.
Segundo Dilma, o prêmio, entregue no Dia Nacional da Cultura, reconhece artistas brasileiros que representam o que o país tem de melhor e que o distinguirá, no presente e no futuro, de outras nações. “Esta cerimônia nos permite valorizar e reconhecer algo que é uma das nossas riquezas, essa extrema diversidade cultural que constitui, talvez, um patrimônio tão importante quanto nossa capacidade de construir, criar e produzir cultura nesse país”, afirmou a presidenta.
Dilma ressaltou que a diversidade cultural brasileira mistura propostas, sabores e manifestações “que compõem o mosaico de nossa nacionalidade e nossa cultura”. “Mulheres e homens de talento, que expressam aquilo que talvez ser humano tenha de mais caro, que é ser capaz de criar, de expressar o que sente, transmitir símbolos, de contar histórias, fazer narrativas.”
Em seu discurso, Dilma afirmou que o projeto de inclusão social iniciado há 12 anos a pela valorização da cultura como “elemento estratégico para construção de um país próspero, desenvolvido, mas sobretudo país com autoestima”. “Buscamos, nesse período, implementar políticas que dessem e à criatividade e inventividade de nossos artistas. Estamos em um processo de construção de políticas de Estado”, disse a presidenta, citando o vale-cultura, a chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Música e o programa voltado ao cinema brasieliro conhecido como Brasil de Todas as Telas.
Na vigésima edição da entrega da ordem, foram agraciados artistas como a cantora Marisa Monte, o rapper Mano Brown, a escritora Adélia Prado, o ator e diretor Celso Frateschi, a atriz Patricia Pillar e o ator Matheus Nachtergaele. Representando a gastronomia, foi premiado o chef Alex Atala. O empresário Bernardo Paz, criador do Centro de Arte Contemporânea Inhotim, em Minas Gerais; o antropólogo Hermano Vianna, o jornalista Washington Novaes e o sertanista José Meirelles também foram homenageados.
Os prêmios de hoje estão distribuídos em três classes: Grã-Cruz, Comendador e Cavaleiro. Nomes como a poetisa Adélia Prado e o jornalista Washington Novaes, que receberam anteriormente a ordem, foram agora promovidos à classe Grã-Cruz. As quatro instituições condecoradas foram a Ciranda de Tarituba (grupo de dança), a Escola de Gente (organização não governamental de inclusão social), a Fundação Santa Sara Kali, que atua na inclusão do povo cigano, e Grupo Cena 11 Cia de Dança.
Três pessoas tiveram sua contribuição à cultura reconhecida in memoriam: o pintor Jenner Augusto, o chefe de cozinha paraense Paulo Martins e a cantora e ativista LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) Vange Leonel. Também receberam homenagens póstumas a arquiteta Lina Bo Bardi, que completaria 100 anos em dezembro, e a artista plástica Djnanira da Motta e Silva, cujo centenário foi comemorado em junho deste ano.
A escolha dos agraciados com os títulos é feita pelo Conselho da Ordem do Mérito Cultural após contribuições da sociedade. O colegiado é formado pelos ministros da Cultura, das Relações Exteriores, da Educação, e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

