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Política

Janot acha difícil concluir investigações da Lava Jato nos próximos 60 dias

Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 15/04/2015 - 17:08
Brasília
O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot discursa durante solenidade comemorativa dos 10 anos da reforma do Judiciário (José Cruz/Agência Brasil)
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse hoje (15) que as investigações de parlamentares envolvidos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), ainda devem levar mais de 60 dias. Nesta semana, a PF pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais prazo para concluir o inquérito policial.

Segundo Janot, o regimento interno do STF prevê prorrogações de 30 e 60 dias. “Mas acho difícil ainda concluir nos próximos 60 dias; investigação é isso”.

Janot ressaltou que o Ministério Público está avaliando o pedido da PF e deve devolvê-lo, até amanhã (16), ao ministro Teori Zavascki, relator do processo no STF.

“A tendência será conceder mais prazo porque ainda há várias diligências a serem realizadas. A investigações está seguindo o curso normal, mas será demorada. É difícil estabelecer prazo, pois temos inquéritos mais avançados que outros e diligências mais e menos complexas.”

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante  do acordo para repatriamento de US$ 19,4 milhões depositados na Suíça pelo ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos (Isaac Amorim/Ministério da Justiça)

Procurador assina  acordo  para  repatriação  de  R$ 60 milhões para o Brasil    Isaac Amorim/Ministério da Justiça

O procurador-geral participou hoje, no Ministério da Justiça, da do acordo de repatriação pela Suiça de mais de R$ 60 milhões ao Brasil. O valor é relacionado aos crimes apurados na Operação Anaconda da PF, deflagrada em 2003.

Na ocasião, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, falou sobre o mandado de prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. “Como todas as operações da PF sou avisado no momento da deflagração, aquele momento em que o mandado já está pronto para ser executado, para a ação. Hoje o diretor da PF me comunicou pessoalmente, por volta das 6h30 e eu, então, informei à presidenta [Dilma Rousseff].”