Cunha se defende no STF contra eventual pedido de afastamento do cargo

Defesa de Eduardo Cunha foi ao STF para tentar neutralizar um eventual pedido de afastamento da presidência da Câmara por parte da PGR
A defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje (9) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que um eventual pedido de afastamento do cargo será “absurdo e infundado”, segundo manifestação enviada espontaneamente ao ministro Teori Zavascki, relator dos dois inquéritos a que Cunha responde na Corte, relacionados com a Operação Lava Jato.
Na petição, os advogados afirmam que tomaram a iniciativa de levar o assunto à Corte diante de notícias publicadas na imprensa sobre eventual pedido de afastamento de Cunha por parte da Procuradoria Geral da República ( PGR). A defesa também negou que Cunha esteja atrasando os trabalhos da Comissão de Ética da Câmara que analisa a abertura de seu processo de cassação por falta de decoro, por meio de recursos e atos para impedir a realização das sessões no período da manhã, quando não há sessões do plenário.
Para os advogados, adversários políticos de Cunha tentam utilizar a Procuradoria-Geral da República como “instrumento de uma disputa política”.
“A despeito de confiar em uma avaliação isenta dos fatos pelo procurador-geral República, que se não foi, certamente será indevidamente demandado pelos adversários políticos do peticionante a requerer um absurdo e infundado pedido de seu afastamento da presidência da Câmara, a defesa acredita ser absolutamente necessário e fundamental levar ao conhecimento de Vossa Excelência [Zavascki] e dos demais ministros deste Supremo tais acontecimentos, para ficar claro que, a despeito de se pretender dar a falsa conotação de questão jurídica, trata-se, em verdade, de fatos relativos a divergências exclusivamente políticas”, argumentam os advogados.
Pela manhã, deputados do PSOL e do Rede entregaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido de afastamento cautelar de Cunha do cargo.


