Para fortalecer os conhecimentos tradicionais do próprio povo, indígenas Munduruku produziram um livro na língua da etnia que cataloga plantas e animais, fontes de alimentação e saúde.
O livro também ensina como utilizar as matérias-primas e informa as vantagens dos produtos naturais em relação aos industrializados.
Estão sendo distribuídos 500 exemplares nas 48 escolas Munduruku do alto e médio Tapajós.
O livro foi impresso com recursos de um acordo judicial proposto pelo Ministério Público Federal ao município de Jacareacanga, no Pará.
Na ação, o MPF cobrava do município a regularização dos serviços de educação indígena aos Munduruku, com caráter de educação diferenciada, intercultural, bilíngue e de qualidade, e reparação aos índios pelos danos morais coletivos sofridos pela demissão de professores indígenas.
O uso das plantas medicinais é abordado nos efeitos curativos e preventivos, ressaltando a riqueza nutritiva de animais próprios da alimentação Munduruku.
Os autores são alunos do curso de Magistério Intercultural pelo Projeto Ibaorebu de Formação Integral Munduruku, executado pela Funai. A pesquisa que deu origem ao livro foi feita em 2014.




