Pandemia afeta cronograma de recuperação do Museu Nacional no Rio de Janeiro
O isolamento social em vigor para conter a pandemia de Covid-19 afetou o trabalho de reconstrução do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, Zona Norte do Rio. O prédio e importantes peças de seu acervo foram destruídos em um incêndio em setembro de 2018.
Em live transmitida pelas redes sociais nesta terça-feira, o diretor da instituição, Alexander Kellner, itiu que as medidas de restrição impostas pelo novo coronavírus vão impactar no cronograma de restauração do espaço. Segundo o diretor, na primeira etapa, que deveria ter começado em abril, serão recuperados os ornatos nas salas nobres do prédio, antiga residência da família imperial.
A pandemia obrigou museus no mundo todo a fecharem as portas. Para se adaptar ao novo cenário e continuar oferecendo aprendizado e cultura, as instituições precisaram se reinventar e abrir espaços no mundo virtual.
No caso do Museu Nacional, as visitas já estavam suspensas, mas, ainda assim, a equipe tenta tirar proveito dos meios digitais para informar a sociedade sobre o andamento das reformas, como explica Kellner.
Fundado por Dom João VI em 1808, o Museu Nacional tinha um acervo de antropologia e história natural com mais de 20 milhões de itens, dos quais a maior parte se perdeu no incêndio, incluindo a importante coleção de múmias egípcias.
Ainda não há previsão de reinauguração da mais antiga instituição científica do país. Mas a intenção, de acordo com o diretor, é reabrir parcialmente para o público até 2022, quando se celebra o bicentenário da Independência.





