No dia 26 de julho de 1990, no município de Magé, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, ocorria um crime que chocaria o país: onze jovens desapareceram após serem levados por homens que se identificaram como policiais. Os corpos até hoje nunca foram localizados. O caso conhecido como Chacina de Acari, favela carioca onde a maioria das vítimas morava, foi arquivado em 2010 por falta de provas.
Vinte e cinco anos depois, familiares continuam lutando contra a impunidade. O assessor de Direitos Humanos da Anistia Internacional, Alexandre Ciconello, lembra que uma das mães das vítimas da chacina também foi assassinada e o caso ainda não foi julgado.
Edméia Euzébio, morreu em 1993, quando buscava informações sobre o paradeiro do seu filho.
De acordo com a Anistia Internacional, até hoje, a maioria das famílias não recebeu certidão de óbito oficial que comprove a morte dos jovens. A falta desse reconhecimento impede as famílias de receberem uma pensão por parte do Estado.
Marcando os 25 anos da chacina, nesta segunda-feira (27) uma mesa de debate na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio de Janeiro vai discutir a questão da violência contra crianças e adolescentes. O evento terá participação de familiares e mães de Acari, além de organizações sociais como a Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violencia e a Comissão de Igualdade Racial da OAB.





