Documento relata 70 anos de abusos sexuais de crianças por padres católicos na Pensilvânia
Um relatório divulgado pelo procurador-geral da Pensilvânia, Josh Shapiro, revelou que padres do estado norte-americano abusaram de milhares de crianças ao longo dos últimos 70 anos.
O procurador disse que encontrou evidências de abuso sexual contra 301 padres, alguns dos quais já morreram. A procuradoria chegou a receber documentos que acusavam 400 deles. Apenas dois ainda podem ser processados pela lei local.
O procurador também afirmou que mais de mil crianças foram identificadas na investigação, mas a justiça estima que o número de vítimas pode estar entre os milhares.
Durante os dois anos de investigações baseadas em documentos de arquivos secretos da Igreja Católica, foram encontradas confissões escritas à mão pelos padres.
Este é o relatório mais amplo sobre abuso na igreja católica da história dos Estados Unidos.
Entre suas revelações, estão acusações de estupro e uma das histórias mais chocantes, a de um grupo de clérigos que fez um menino ficar nu em um altar posando com os braços em cruz enquanto os padres o fotogravam.
Segundo o procurador, a expressão arquivos secretos era o termo usado pela própria diocese para se referir aos documentos, guardados em armários próximos dos locais de trabalho dos bispos. Eles tinham as chaves para ar os arquivos.
O bispo Lawrence Thomas Persic, da diocese de Erie, na Pensilânia, envolvida no escândalo, pediu perdão às vítimas. Ele disse que não há desculpas para o que aconteceu.




