Manutenção de políticas sociais estabilizou o IDH-M no Brasil, avalia pesquisador do Ipea
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do Brasil, que mede a qualidade de vida de um local pelo nível de educação, renda e longevidade das pessoas está em 0,778.
Quanto mais perto de um, mais desenvolvido o lugar é.
Segundo o coordenador do levantamento, o pesquisador do Ipea, Marco Aurélio Costa, a manutenção de políticas socais permitiu que o IDH-M ficasse praticamente estável entre 2016 e 2017.
A melhoria do índice brasileiro foi decorrente do aumento da expectativa de vida da população e da escolaridade entre 2016 e 2017. Agora, o brasileiro vive em média quase 76 anos, sendo que as mulheres podem chegar a viver até os 80 anos e os homens costumam morrer mais cedo, aos 73 anos.
A escolaridade do povo brasileiro também cresceu - foi de 0,73 em 2016 para 0,74 no ano seguinte.
Segundo o levantamento, em 2017, mais de 96% das crianças de 5 a 6 anos estavam frequentando a escola, mas apenas 60% dos jovens entre 18 a 20 anos tinham concluído o ensino médio.
Apesar de o brasileiro viver e estudar mais, a renda não acompanhou essas conquistas.
A renda do trabalhador teve queda, em 2017 o salário médio era de R$ 834 contra R$ 842, em 2016. Hoje, 25% da população brasileira é vulnerável a pobreza.
Em 2017, a renda das mulheres e dos negros cresceu mais que a dos homens e dos brancos. No entanto, as pessoas de cor clara continuam ganhando aproximadamente duas vezes mais que os afrodescendentes.
A dona de casa Valdiana Pereira, de 33 anos, vive em Maceió, capital de Alagoas, que tem o menor IDH-M do país.
Lá, ela, o marido e os três filhos vivem com R$ 282 do Bolsa Família e a renda de alguns bicos.
Além de Alagoas, Maranhão, Piauí e Pará possuem os piores índices de desenvolvimento humano do país. Nesses estados, o IDH-M não chega 0,700.
Já Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Paraná tem os melhores índices. Todos acima de 0,800.





