A Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão preventiva do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra. Ele está preso desde fevereiro deste ano, acusado pela morte do vizinho Durval Teófilo Filho, de 38 anos.
O pedido da revogação da prisão foi apresentado pela defesa de Aurélio, em audiência de instrução e julgamento realizada nessa segunda-feira (04). Depois de ouvir onze testemunhas de defesa e acusação, a juiza Juliana Grillo El-Jaick, do 4º Tribunal do Júri de São Gonçalo manteve a decisão.
Durval foi morto em fevereiro na frente do condomínio onde morava, em São Gonçalo, com dois dos três tiros disparados por Aurélio, quando voltava do trabalho.
Familiares e amigos de Durval acompanharam a audiência no Fórum Juíza Patrícia Acioli. Aurélio também estava presente na audiência. Ele disse que confundiu Durval com um assaltante e teria disparado, de dentro do carro, quando o vizinho colocou a mão na mochila para pegar algo.
Já Luziane Teófilo, viúva de Durval e assistente de acusação, voltou a afirmar que escutou os tiros e depois conferiu pelo circuito interno de câmeras do condomínio, de seu celular, o que tinha acontecido. Porém, não sabia que era o marido.
Apenas quando uma vizinha bateu em sua porta segurando a mochila e o chinelo sujo de sangue de Durval, que soube da tragédia. Segundo a viúva, ele já chegou morto ao hospital e Aurélio não tentou falar com ela.
A justiça ainda não marcou uma nova audiência de instrução e julgamento. A juíza Juliana El-Jaick também não decidiu se Aurélio vai a júri popular.
