O rebaixamento da nota de crédito do Brasil e a perda do grau de investimento dividem opiniões de especialistas. De um lado, alguns economistas afirmam que é preciso olhar a notícia com cautela e equilíbrio. Do outro, analistas avaliam que a redução causa desconfiança do mercado internacional.
Para o economista e professor da Universidade de Brasília, Roberto Pisciteli, o rebaixamento causa histeria no mercado financeiro. Mas ele destaca que essa é apenas uma classificação e que o Brasil não vai deixar de pagar os compromissos internacionais.
Mas o professor reconhece que o rebaixamento pode afastar investidores e faz o dólar disparar. Nesta quinta-feira (10), a moeda americana chegou a ser cotada a R$ 3,90.
Para o economista-chefe de uma empresa de gestão de recursos, em São Paulo, Daniel Weeks, a notícia agrava a situação econômica do país. Ele diz que o mercado já esperava a redução, mas para o fim do ano. O economista explica os efeitos do anúncio na vida dos brasileiros e fala que o cenário ainda é incerto.
Segundo o Tesouro Nacional, essa classificação explica o risco a que um investidor está submetido quando aplica dinheiro em um país. Atualmente, o Brasil é avaliado por três agências internacionais, sendo que o país foi rebaixado na tabela de uma delas. Com a redução, o Brasil perde o grau de investimento conferido a países considerados bons pagadores e seguros para investir.
