Em comemoração ao Dia da Consciência Negra nesse domingo, dia 20 de novembro, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou estudo sobre o negro no mercado de trabalho.
O Dieese concluiu que as taxas de desemprego entre 2014 e 2015 cresceram nas seis regiões metropolitanas pesquisadas e, na maioria delas, o impacto maior foi sobre a população negra. A única exceção foi a região da grande Salvador.
A coordenadora da pesquisa na região de Porto Alegre, Virgínia Donoso, acredita que essa diferença ocorre por causa da desigualdade histórica sofrida pela população negra.
O estudo também mostra que o salário médio por hora trabalhada dos negros permanece inferior ao dos não negros, em todas as regiões. Salvador foi onde se identificou a maior desigualdade: o rendimento médio dos negros corresponde a 76% do dos não negros.
Virgínia Donoso lembra ainda que o pior salário é o de mulheres negras.
Mas o estudo revela que a diferença entre os salários reduziu nos últimos anos e que o salário dos não negros caiu mais do que o dos negros nos últimos dois anos de crise econômica, com exceção de Fortaleza.
Para a pesquisadora Virgínia Donoso, isso ocorre porque os não negros têm salários maiores, fazendo com que percam mais rendimento em um cenário de crise.
