A meta de inflação para 2019 será de 4,25%. Para 2020, será de 4%. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Essa é a primeira redução da meta em mais de uma década. A atual, de 4,5%, é considerada alta para os padrões internacionais. Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a redução significa uma convergência a padrões internacionais.
Meirelles voltou a dizer que poderá haver aumento de impostos, caso haja necessidade, para cumprimento da meta fiscal.
Sonora: “Se precisar aumentar impostos, nós vamos aumentar. Não tenho dúvida. Inclusive, ontem, já disse isso mais uma vez. Mas, agora, não foi tomada essa decisão, nós estamos aí num processo de revisão. O Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento, estamos trabalhando o tempo todo nisso. Com a maior seriedade.”
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que a trajetória da inflação é gradual, consistente e sustentável, já levando em conta a situação atual. Goldfajn afirmou, ainda, que, independentemente da política monetária do país por causa da crise política, o Banco Central é uma instituição que preza pela autonomia a médio e longo prazos.
Sonora: “O Banco Central é uma instituição que preza de autonomia, é uma instituição que se mantém, que continua, que olha o médio e o longo prazo, e está cada vez mais nesse contexto institucionalizado.”
Sobre o assunto, o ministro da Fazenda foi claro: o governo não trabalha com hipóteses.
Sonora: “Nós não trabalhamos por hipóteses porque se não vamos ficar aqui num clima especulativo. Nós temos que trabalhar dentro de um cenário colocado e dentro dos mandatos da equipe econômica.”
Já o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, ressaltou que a redução na meta da inflação poderá garantir o crescimento sustentável do país a longo prazo, além de reforçar e ampliar a credibilidade da política monetária no cenário internacional.
