Trocando em Miúdo: Entenda por que o mercado espera que junho feche com inflação abaixo de zero
Olá, prezada pessoa ouvinte cidadã.
A prosa miúda de hoje é uma coisa que não acontecia desde 2006. Arrisca a gente ter neste mês de junho uma deflação, o que leva o IPCA, índice da inflação oficial, a ficar abaixo de zero. O IBGE deve anunciar semana que vem. E também o mercado já previu isso, por meio do Boletim Focus, do Banco Central.
Junho já vem tendo deflação, ou seja, os preços, ao invés de aumentar, vêm caindo. E esperam uma deflação perto do zero, de 0,01% negativo. Isso muito ajudado pela boa colheira do agronegócio. A gasolina não abaixou, mas também não aumentou. A energia elétrica ficou mais barata. O consumo está menor e não há concorrência, daí o preço abaixa. E consumo menor é porque o desemprego continua grande.
Em se tratando de inflação, o IPCA, esperam os especialistas, deve fechar o ano em 3,5% a 4%. O centro da meta é de 4,5%, pela expectativa do governo. Então, se fechar em 4% tá bom. E, se a gente for ver o IGP-M, índice que regula o preço do aluguel, esse está, nos 12 meses que aram, em 1,57%. E o pessoal do mercado acha que, no caso do IGP-M, termine, sim, com preços negativos.
E, por falar na meta da inflação, na próxima quinta-feira (29), o Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne para definir o teto médio esperado para a inflação de 2019. É assim que funciona. O centro da meta hoje está 4,5%, embaixo está 2,5% e, lá em cima, 6%. Nos últimos 10 anos, em apenas três anos, foi cumprida essa meta da inflação. Então, os especialistas financeiros esperam que o centro da meta seja definido para 4,25% nesta reunião do CMN.
Quer saber os motivos que podem levar a inflação a cair, até se configurar uma deflação, neste mês de junho? Escute e depois comente no nosso e-mail: [email protected].
Então, tá. Inté e axé.
Trocando em Miúdo: Quadro do programa "Em Conta", da Rádio Nacional da Amazônia. Aborda temas relacionados a economia e finanças, traduzidos para o cotidiano do cidadão. É distribuído em formato de programete, de segunda a sexta-feira, pela Radioagência Nacional. e aqui as edições anteriores.




