Contas do Governo Central fecham 1º semestre com déficit menor, mas cortes continuam necessários
As contas do chamado Governo Central, que levam em consideração os desempenhos do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central, fecharam o primeiro semestre com déficit menor do que o registrado no mesmo período do ano ado. Em junho, o déficit ficou em 11 bilhões e meio de reais, enquanto em junho de 2018 ficou em 16 bilhões e meio de reais.
No acumulado deste ano, o déficit é de 28 bilhões e 900 milhões de reais. Esse valor é o melhor resultado para o período desde 2015, e 12% menor que os 31 bilhões e 600 milhões dos primeiros seis meses do ano ado. De janeiro a junho, o Tesouro e o Banco Central tiveram superávit de quase 67 bilhões de reais, mas a Previdência Social fechou o período com déficit de 95 bilhões.
A Previdência Social faz parte das despesas obrigatórias, junto com os salários dos servidores públicos. O secretário substituto do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, afirmou que a expectativa, caso a reforma da Previdência seja aprovada no Congresso Nacional, não é de reduzir o gasto, mas que essa despesa cresça mais devagar.
Até o meio do ano, o governo usou 47% do limite de gastos previsto no Orçamento. Otávio Ladeira afirmou que, mesmo assim, o contingenciamento de mais de 34 bilhões de reais vai obrigar alguns ministérios a fazer cortes em políticas públicas. E confirmou que o governo estuda fazer mudanças para reduzir o gasto com pessoal no setor público, que podem ter impacto em algumas carreiras e afetar até a estabilidade dos servidores.
O professor de economia da Universidade de Brasília, Roberto Piscitelli, alerta que cortes no setor público podem prejudicar o atendimento à população. Ele avalia que a prioridade do governo deveria ser reduzir o gasto com pagamento de juros da dívida.
A meta fiscal para este ano é de encerrar com 139 bilhões de reais no vermelho. Para o ano que vem, a projeção é de déficit de 134 bilhões.





