O custo de vida da população da região metropolitana de São Paulo aumentou de forma considerável em 2021, com uma variação positiva de 10,02%, maior valor desde 2015, quando o acumulado naquele ano foi de 11,56%. A pesquisa do Índice Custo de Vida por Classe Social (CVCS) é realizada todo mês pela Fecomercio-SP e é obtido através da análise de 247 itens de despesa nas 5 faixas de renda.
A alta no preço do barril do petróleo no mercado internacional contribuiu para o aumento nos gastos das famílias com transportes, um aumento de mais de 20%, mas além disso, a economista e professora do Insper Juliana Inhasz nos explicou que o aumento no preço do petróleo causou elevação dos custos tanto de forma direta como de forma indireta.
A pesquisa da Fecomercio também revelou que o custo de vida das classes sociais D e E, de 11,56%, foi maior que o das classes A e B, de 9,09%. A economista Juliana Inhasz explicou que que os produtos mais afetados pela inflação são elementos chaves para os grupos mais pobres, como alimentação e transporte.
A perspectiva para 2022 da Fecomercio é que o índice do custo de vida continue elevado, porém num ritmo mais baixo se comparado a 2021, uma vez que o impacto dos preços já foi absorvido ao longo dos 2 anos de pandemia.
