Cerca de 100 professores indígenas, representando 49 etnias, se reuniram em Brasília nesta quarta-feira (29) para o lançamento do Manifesto sobre a Educação Escolar Indígena no Brasil. Eles pedem respeito as suas identidades culturais nas escolas.
O evento aconteceu na sede da CNBB, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A intenção é reforçar o direito a educação específica para esses povos e a importância que os processos de educação próprios dos indígenas têm na preservação de sua cultura e identidade.
Dados divulgados em 2012, pelo Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, apontam que nas 2 mil 954 escolas indígenas brasileiras, distribuídas em 26 estados, a maioria dos professores não são da comunidade. Os indígenas professores são 7 mil 321 de um total de 15 mil 289, menos da metade.
Após o lançamento do manifesto, os professores indígenas fizeram um protesto em frente ao Palácio do Planalto. Eles cobraram da presidenta Dilma Rousseff o cumprimento das diretrizes para educação indígena garantidas pela Constituição Federal. Logo depois, as lideranças indígenas participaram de uma reunião no STF, o Supremo Tribunal Federal.




