Alguns pais e alunos de escolas da rede pública de São Paulo vivem um dilema após o fim da greve dos professores do estado que durou 92 dias.
Eles ainda não sabem se haverá reposição das aulas perdidas.
A Secretaria estadual da Educação informa que são os professores, pais e alunos que juntos devem decidir o que fazer de acordo com a necessidade de cada instituição de ensino.
A presidente do Sindicato da categoria, Maria Izabel Azevedo Noronha, defende que os professores grevistas devem repor as aulas, porque, segundo ela, o conteúdo não teria sido trabalhado por professores temporários.
Mas o fato é que em algumas escolas a reposição das aulas segue como uma equação não resolvida.
Mãe de duas alunas, Luciana Messias dos Santos conta sobre a última reunião da qual participou com os professores da escola.
A professora de educação infantil Vanessa da Silva reclama que tanto ela quanto sua filha ainda não foram informadas sobre a reposição dos dias parados.
A garotada também está confusa com a falta de definição dos professores. É o caso da estudante Sara Raíssa, da sétima série do ensino fundamental.
Já o garoto Leonardo Caíque é um dos que não concordam em continuar estudando durante as férias.
A greve dos professores estaduais de São Paulo começou no dia 13 de março e terminou no dia 12 de junho.
A Secretaria da Educação não atendeu a nenhuma das reivindicações dos profissionais -- a principal era o reajuste dos salários em 75,33%.
O órgão alega que eles receberam aumento salarial de 45% em quatro anos.
Os professores grevistas também tiveram os salários descontados durante todo o período da paralisação.





