A 18ª Vara Federal do DF penhorou bens de empresas do ex-deputado federal Wigberto Tartuce, o Vigão, que, segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), estavam em nome de “laranjas”.
A AGU constatou que o ex-parlamentar colocava bens em nome de 11 empresas e seis parentes para dificultar o retorno de verbas desviadas aos cofres públicos.
Além disso, os advogados da união apontaram que nas eleições de 2006 Vigão declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio superior a R$ 33 milhões, mas os bens não estavam registrados no nome do político.
Até a mansão que o ex-deputado mora, avaliada em R$ 5,4 milhões, está em nome de uma empresa do grupo Tartuce e, por isso, foi penhorada.
A Justiça entendeu que as manobras caracterizam fraude à execução. Ainda cabe recurso da decisão, mas a partir de agora os bens permanecem bloqueados e não podem ser transferidos até o fim do julgamento.
Vigão responde a 19 ações de execução na Justiça Federal e deve um valor total aproximado de R$ 29 milhões.
Em 2006 ele foi condenado pelo Tribunal de Contas da União por desvios de recursos do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador – quando ocupou a Secretaria de Trabalho do Distrito Federal, entre 1999 e 2000, durante o governo de Joaquim Roriz.





