O Hospital Geral de Pedreira, localizado na zona sul da capital paulista, não está mais adotando a chamada manobra de Kristeller durante os partos. Além disso, o hospital reconheceu que a prática é uma forma de violência contra as gestantes.
A informação é do Ministério Público Federal em São Paulo. Após denúncia de uma gestante que deu à luz no hospital, o órgão recomendou à direção da unidade que a prática não fosse mais realizada, além de outras medidas como informar a todos os seus profissionais que o procedimento é banido pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo e iniciar uma capacitação das equipes sobre parto humanizado.
A manobra de Kristeller consiste em pressionar a parte superior da barriga com força para agilizar a saída do bebê, o que pode causar lesões graves à mãe e ao bebê - como fraturas de costelas, deslocamento de placenta e traumas encefálicos.
De acordo com o Ministério Público Federal, a gestante relatou que um dos médicos que a atendeu subiu duas vezes sobre suas costelas para fazer peso e tentou empurrar o bebê com os punhos fechados. Ainda segundo o órgão, a mulher disse que sofreu muitas dores ao ser submetida à manobra de Kristeller.




