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Família de radialista assassinada há dois anos pede Justiça

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Mariana Tokarnia
26/05/2015 - 21:27
Brasília

Dois anos após o assassinato da radialista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Lana Micol Cirino Fonseca, o caso segue sem solução. Lana era coordenadora da Rádio Nacional do Alto Solimões. Ela morreu na noite de 26 de maio de 2013, assassinada em frente à casa onde morava, em Tabatinga, no Amazonas. O ex-marido dela é suspeito de ser o mandante.

 

Para o pai de Lana, Antonio Moisés Fonseca, o sentimento é de impotência.

 

Sonora: "A Justiça é muito lenta, muito morosa. Acho que o caso vai prescrever e não vai acontecer nada. Queríamos que pelo menos a Justiça fosse feita. Nós não buscamos de forma alguma vingança. Eu acho que não vai acontecer nada e me sinto muito mal, impotente, de mãos atadas".

 

O caso está tramitando no Fórum de Tabatinga e estava sob os cuidados juíza Eline Paixão. Atualmente, a 2º Vara está sem titularidade.

 

Segundo colegas da emissora, Lana estava em um momento de lazer com a filha e o namorado, o sargento Alan Bonfim, quando duas pessoas chegaram em uma moto e efetuaram vários disparos. O sargento socorreu a radialista, mas ela chegou sem vida ao hospital. Lana deixou dois filhos, uma criança de 7 e outra de 11 anos.

 

As investigações policiais apontam Edimar Nogueira Ribeiro, ex-marido de Lana, como principal suspeito. Ele ou 90 dias preso e aguarda julgamento em liberdade.

 

Na Rádio Nacional, Lana deixa saudades. É o que diz a coordenadora da emissora, Mislene Ferreira.

 

Sonora: "Perdemos uma grande amiga, uma grande profissional, mãe, filha, enfim. Todos ainda sofrem com essa perda e o sofrimento é ainda maior com o sentimento de impunidade".

 

Em 2013, logo após o assassinato de Lana, a conselheira da EBC, Maria da Penha, sugeriu que a empresa tomasse alguma medida para ajudar a combater a violência contra a mulher na região. Vítima de violência, foi ela que deu nome à Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

 

Desde então, a EBC está em contato com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República. Tabatinga foi incluída no Programa Mulher: Viver sem Violência e receberá um centro de atendimento à mulher, que terá o nome Lana Micol. O local foi decidido este ano e aguarda a liberação do Banco do Brasil, responsável pelos recursos das obras.

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