Os petroleiros decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir de domingo (6). A paralisação deve atingir todas as unidades istrativas e operacionais da Petrobras e também as instalações da Transpetro, que é a subsidiária da estatal.
De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o comunicado da greve já foi protocolado na Petrobras. A decisão, que foi aprovada em assembleias realizadas em julho, foi mantida depois que a reunião entre representantes da estatal e da categoria na última quinta-feira (3) terminou sem acordo.
Segundo a federação, a greve foi motivada pelo novo plano de negócios da Petrobras, que prevê a venda de quase US$ 60 bilhões em ativos, além de cortes de US$ 76 bilhões em investimentos e despesas. Em nota, a FUP afirma que esse projeto representa um verdadeiro desmonte da empresa, cujos impactos já estão ocorrendo em várias unidades do país, com milhares de demissões e colocando em risco conquistas históricas da categoria.
A Federação dos Petroleiros se manifesta também contra o Projeto de Lei 131, que pode ser votado a qualquer momento pela Câmara dos Deputados. O projeto retira da Petrobras a função de operadora única do pré-sal e acaba com a sua participação mínima em 30% dos campos exploratórios.
A assessoria da Petrobras confirmou a reunião de ontem (3) com representantes da FUP e divulgou nota dizendo que a empresa se comprometeu a apresentar proposta para o acordo coletivo de trabalho deste ano no próximo dia 10. A nota destaca também que a Petrobras reafirma seu compromisso de diálogo aberto com as entidades sindicais.





