Dados de agosto do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), prevê um aumento de 113% na produção de castanha de caju comparada à de 2014.
No papel de maior produtor do Brasil, o Ceará participa com 64% dessa previsão da produção nacional.
No estado, a Central de Cooperativas Copacaju já se prepara para a boa safra. As seis cooperativas que estão ativas esperam aumentar as vendas da castanha e da polpa de caju. Este ano, a central também vai começar a produzir cajuína.
A presidente da Copacaju, Cleoneide Lima Silva, acredita que o preço da matéria-prima vai baixar e que a central terá mais produtos das cooperativas para vender.
A safra começa mesmo em outubro, mas já tem muito caju por aí por conta do cajueiro anão-precoce. Essa variedade foi desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e se destaca por frutificar mais cedo e por mais tempo. Além disso, se adapta melhor ao semiárido e é mais resistente a pragas. Nesses tempos de seca, o cajueiro chama a atenção, como explica o pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Francisco Vidal.
O cajueiro anão-precoce ocupa 18% da área plantada no Ceará, mas produziu, em média, o dobro de cajus no ano ado, comparado ao cajueiro comum. De acordo com o pesquisador da Embrapa, essa variedade tende a se expandir, não só pela capacidade produtiva, mas pela alta qualidade do caju.





