Em 2015, o estado do Rio de Janeiro viveu a maior seca dos últimos 85 anos. De acordo com a Secretaria Estadual do Ambiente, desde o verão de 2014, a situação é crítica na Bacia do Rio Paraíba do Sul.
Com quatro reservatórios principais, a bacia é responsável pelo abastecimento de água de mais de 9 milhões de pessoas na região metropolitana do estado. Segundo a Agência Nacional de Águas, em janeiro deste ano, o principal reservatório da bacia, o Paraibuna, atingiu o volume morto.
Dados da agência informam que , no dia 1º de fevereiro, o reservatório chegou a operar com – 0,64% do volume útil, o menor nível da história. No final de 2015, a situação melhorou com o conjunto dos 4 reservatórios da bacia operando com 15,38% do volume útil.
No mesmo período em 2014, o volume útil era de 2,35%. Mas de acordo com o superintendente de eventos críticos da Agência, Joaquim Gondim, ainda é necessário estar alerta.
A secretária executiva do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul Maria Aparecida Vargas contou que diante da estiagem, uma série de medidas emergenciais foram tomadas para economizar água.
Apesar de descartar a hipótese de racionamento no próximo ano, o especialista em hidrologia, Paulo Canedo, defende que a sociedade cobre do poder público ações mais eficientes para acabar com o desperdício da água.
Ao longo do ano, algumas cidades chegaram a sofrer com falta dágua mas o Rio de Janeiro não precisou ar e nem vai precisar, segundo a Companhia Estadual de Águas e Esgotos,por racionamento. No entanto, o morador do Morro Dona Marta, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, relatou problemas constantes de abastecimento de água na comunidade durante o ano.
De acordo com a CEDAE, o problema do Dona Marta é pontual e pode estar relacionado à queda de energia, à obstrução da tubulação ou a um vazamento encoberto. No início de dezembro, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e a União firmaram um acordo para compartilhar a gestão da Bacia do Rio Paraíba do Sul.
O objetivo é garantir um planejamento integrado para enfrentamento de crises sem atingir o abastecimento humano de água.
