O Rio de Janeiro recebe até sábado a primeira etapa do Campeonato Mundial de Halterofilismo Paralímpico, que está servindo de evento-teste para as Paralímpiadas. As marcas alcançadas nesta etapa também vão para o índice que vai definir quem participará dos jogos. E, pelo menos nesse primeiro dia, um som bem agradável ecoou no parque olímpico da Barra da Tijuca.
E foi graças à Maria Luzineide Santos, que ganhou a medalha de ouro na categoria peso leve após levantar 83 quilos quase o dobro do seu próprio peso. Natural da pequena cidade de Picuí, na Paraíba, ela dedicou a vitória à filha Luana, de seis anos, e se disse muito feliz, mas ainda com uma missão a cumprir. Nas próximas duas etapas do mundial, quer aumentar sua marca para carimbar o aporte para os jogos.
Outra brasileira de destaque que vai competir no sábado é Márcia Menezes, a primeira atleta do país a conquistar uma medalha em etapas do mundial na modalidade em 2014. Além de batalhar para participar dos jogos, ela espera que eles tragam visibilidade para o esporte Paralimpíco e que isso seja revertido em incentivo para os atletas.
O mundial de halterofilismo está sendo realizado em uma das arenas olímpicas construídas pelos jogos, mas nas Paralimpíadas a modalidade será disputada no Riocentro, que também fica na Barra da Tijuca. O diretor de esportes do comitê organizador, Rodrigo Garcia, explica que a opção diminuiu custos, mas também atende aos objetivos dos eventos-teste.
No halterofilismo paralímpico, competem atletas com deficiência nos membros inferiores que precisam levantar de maneira correta o maior peso possível. As seis primeiras colocadas no ranking internacional em cada categoria se classificam para as Paralimpíadas. Já entre os homens, são oito vagas. Nos dois casos, cada país pode ter apenas um representante por categoria. Os donos das vagas serão definidos até o dia 29 de fevereiro após outras duas etapas do mundial em Dubai e na Malásia.
