Quase três meses após o rompimento da barragem em Mariana (MG), as prefeituras das cidades atingidas ainda não receberam os recursos do fundo, de R$ 1 bilhão, que foi criado para custear medidas preventivas, emergenciais e reparadoras decorrentes da tragédia.
Nesta segunda-feira (25), o prefeito de Mariana, Duarte Júnior, se reúne com representantes do Ministério Público para definir quem vai gerir esses recursos e como ele será gasto.
O prefeito disse que R$ 500 milhões já estão disponíveis e que o município tem pressa.
A previsão é de que uma outra reunião ocorra na quinta-feira (28). Dessa vez com representantes da Samarco, a mineradora responsável pela barragem.
Duarte Júnior defende que a própria Samarco gerencie e execute as ações necessárias. Segundo ele, para ter um processo de liberação de recursos mais agilizado e menos burocrático.
No início de fevereiro, a mineradora deverá pagar R$ 2 bilhões, de um total previsto de R$ 20 bilhões, relativos às ações judiciais que a União e os dois estados afetados – Minas Gerais e Espírito Santo – abriram contra a empresa.
A expectativa do governo é fechar um acordo judicial com as empresas até fevereiro, antes do Carnaval.
Na semana ada, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, se reuniu com a Samarco e com as controladoras da empresa, a Vale e a BHP.
Segundo ele, serão definidos 38 programas – 19 socioambientais e 19 socioeconômicos – para revitalizar o Rio Doce.




