O publicitário João Santana e a esposa, Mônica Moura, ficaram em silêncio em depoimento à Polícia Federal, em Curitiba. De acordo com a defesa, o casal decidiu não dar esclarecimentos nesta fase da investigação. Segundo a Polícia Federal, os dois ficaram frente a frente com o delegado, que cuida do caso, por cerca de uma hora. Mas nem a defesa nem a Polícia Federal comentam o conteúdo das perguntas.
Na semana ada, o juiz Sérgio Moro converteu as prisões temporárias em preventivas, quando não há prazo. Os dois foram presos no dia 23 do mês ado na 23ª etapa da Operação Lava Jato, chamada de Acarajé. As investigações apontam que o casal teria uma conta secreta no exterior, por onde teriam recebido dinheiro vindo do esquema de corrupção da Petrobras.
Os policiais encontraram uma carta na casa do engenheiro Zwi Skornicki, preso na mesma etapa, onde Santana e esposa dariam supostas orientações de como enviar dinheiro para a conta deles no exterior. O casal é suspeito de ter recebido US$ 3 milhões de empresas no exterior ligadas à Odebrecht e US$ 4 milhões e meio do Zwi Skornicki.
A 23ª etapa da Lava Jato foi chamada de Acarajé porque seria assim que os envolvidos chamariam a propina recebida em espécie.
*Matéria atualizada em 10.03.16, às 16h56, para complementação de informações.
