Considerada a maior tragédia ambiental do país, o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), continua provocando danos ao meio ambiente mesmo cinco meses após o episódio.
O vazamento contínuo da lama de rejeitos levou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) a apresentar uma nova ação civil pública. Os promotores pedem que a mineradora Samarco seja obrigada a conter o vazamento em até cinco dias.
Após a tragédia, parte dos rejeitos da barragem do Fundão foram realocados na barragem de Santarém e três diques foram construídos pela Samarco.
Mas o MPMG considera que as estruturas teriam sido erguidas de forma precária, sem observância das normas técnicas pertinentes e, por isso, seriam incapazes de reter os rejeitos.
Os promotores do MPMG alegaram também que, entre janeiro e fevereiro deste ano, 5 milhões de metros cúbicos de rejeitos atingiram a bacia do Rio Doce, após escoar da barragem de Santarém através de um extravasor danificado.
A Samarco apresentou, nessa terça-feira (05), um relatório com as medidas tomadas após a tragédia. O documento aponta que a barragem de Santarém tem recebido obras de reforço e sua situação é de estabilidade.
A mineradora argumenta que o extravasor da barragem de Santarém está aberto para permitir o escoamento do material de dentro do reservatório para os diques de contenção de sedimentos.
O relatório apresentado reitera, ainda, que não há mais riscos e uma sala de monitoramento com novos equipamentos foi preparada para intensificar o controle das estruturas e dos diques.





