O ex-ministro da Fazenda, Guido Mântega, é um dos alvos da sétima fase da Operação Zelotes, deflagrada nesta segunda-feira (9) pela Polícia Federal. Ele recebeu um mandado de condução coercitiva e foi levado para prestar depoimento em São Paulo.
De acordo com as investigações, há suspeitas de que Mântega esteja ligado a empresa de material de construção Cimento Penha, que teria comprado decisões do Conselho istrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda.
A Polícia Federal cumpre 27 mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva em Brasília, e nas cidades de Recife, Olinda, e Paulista, em Pernambuco, João Pessoa, na Paraíba, São Paulo capital, Juazeiro do Norte, no Ceará, e Florianópolis, em Santa Catarina.
As empresas investigadas nesta fase da Operação tiveram multas julgadas no Carf que somam R$ 57 milhões. De acordo com a Polícia Federal, o esquema funciona da seguinte forma: conselheiros que atuam no Carf am informações privilegiadas para escritórios de advocacia, assessoria ou consultoria.
Após uma busca por empresas multadas pela Receita Federal, esses escritórios entram em contato e prometem burlar o resultado dos julgamentos de recursos. A estimativa de prejuízo aos cofres públicos nas fraudes apuradas é de, pelo menos, R$ 19 bilhões.
Os envolvidos podem responder pelos crimes de advocacia istrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção ativa e iva, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A Operação Zelotes foi deflagrada em março do ano ado.
* Matéria atualizada às 15h00 para complementação de informações.





