A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (16), a sexta fase da Operação Acrônimo. Os alvos desta etapa são o instituto de pesquisa Vox Populi e a construtora JHSF.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e São Paulo.
Um dos investigados pela operação é o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, suspeito de ter lavado dinheiro na campanha eleitoral de 2014.
De acordo com as investigações, ele teria utilizado os serviços de uma gráfica sem declarar os valores e teria recebido vantagens indevidas do empresário Benedito de Oliveira Neto, conhecido como Bené, dono da gráfica.
Nesta fase, a polícia apura suspeita de que o petista e o empresário teriam intermediado empréstimo do BNDES para a JHSF. Em contrapartida, a construtora teria pago caixa dois de campanha, simulando um contrato com o instituto de pesquisas Vox Populi.
O BNDES é vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pasta que Pimentel comandou entre 2011 e 2014.
Em nota, o advogado do governador, Eugênio Pacelli, chamou a nova fase da operação de factoide, criado para influenciar o julgamento do recurso que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O Vox Populi confirmou que houve buscas na sede do instituto de pesquisas em Belo Horizonte e informou que a empresa está pronta para contribuir com as autoridades. A defesa da JHFS não foi localizada pela reportagem.




