logo Radioagência Nacional
Geral

Cartazes com teor político são retirados de colégio carioca

Baixar
Tatiana Alves
06/10/2016 - 16:01
Rio de Janeiro

A direção do Colégio Pedro II retirou os cartazes com a inscrição “Fora Temer, contra o golpe” que estavam nas unidades de Realengo, na zona oeste e do Humaitá, zona sul do Rio.

 

A decisão atende a uma recomendação do MPF, Ministério Público Federal. Nesta quinta-feira, apenas faixas coloridas adornavam as grades externas da unidade Humaitá II.

 

A medida orienta que a direção das unidades de ensino proíbam a colocação de cartazes, banners ou panfletos com conteúdo político-partidário nas dependências do colégio.

 

Recomenda ainda que se apure a responsabilidade de quem ordenou e colocou os cartazes, bem como os que permitiram tais atos.

 

A informação foi ada ao MPF pelo pai de um aluno da unidade Humaitá II, que, segundo um comunicado, ao questionar os cartazes, verificou que dois professores incentivavam os alunos a se manifestarem contra o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.

 

Ao falar com a diretora, esse pai ouviu que ela não retiraria as faixas. O professor Jorge Vasconcelos está receoso de que atos que impeçam a expressão política possam incentivar movimentos de censura no país. 

 

O aluno do primeiro ano do ensino médio Jorge Braga, acha que essa atitude reflete o caráter repressivo de setores do governo.



Em nota, o reitor do Colégio Pedro II, Oscar Halac, disse que as faixas “Fora Temer” foram colocadas nos muros e grades externas por membros do sindicato local e que a reitoria não foi consultada.

 

A faixa colocada dentro do prédio da unidade Humaitá II foi retirada pela própria diretora-geral e na parte externa não há mais faixas em nenhum dos colégios. Segundo Oscar, o autor da colocação dos cartazes não foi identificado.

 

Esta é a terceira polêmica envolvendo a instituição pública de ensino, que é a primeira do Rio a cumprir o decreto que autoriza o uso do nome social por travestis e transexuais em órgãos federais.

 

Em julho deste ano, a escola aboliu a distinção por gênero de uniformes, que agora podem ser usados por meninos e meninas, que podem vincular a escolha da vestimenta com a qual se sentem melhor.

x