Até o dia 8 de novembro, o Centro de Vigilância Epidemiológica, ligado à Secretaria Estadual de Saúde, registrou 4.193 casos da doença em São Paulo. Em pelo menos 15 anos, esse é o maior número de casos já registrados no estado.
A maioria das infecções por caxumba concentra-se em jovens de 15 a 29 anos. Eles respondem por seis de cada dez casos registrados.
Pessoas como a estudante de direito Melissa Cambuhy foram vítimas da caxumba. Até a semana ada, ela ainda enfrentava os sintomas da doença.
Em São Paulo, a vacina contra a caxumba, o sarampo e a rubéola, a chamada tríplice viral, foi incluída no calendário de vacinação em 1992.
Com 23 anos, Melissa chegou a tomar as duas doses recomendadas quando era criança. Mesmo assim, não resistiu ao vírus.
Para o médico Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Imunizações, o surto de caxumba está relacionado a uma associação entre o limite de eficácia da vacina, que chega a 85% e as pessoas que deixaram de se vacinar.
Apesar do desconforto, a caxumba não é considerada uma doença grave. Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informa que não foi registrado nenhum óbito em função da doença.
A secretaria também não confirma os dados do Centro de Vigilância Epidemiológica. Segundo a assessoria de imprensa da pasta, o dado mais recente é de setembro. Até lá, tinham sido registrados 2.672 casos notificados em situações de surtos.
Pelo menos dois casos de caxumba em um mesmo lugar de convivência, como escola, família ou local de trabalho.
Diferente de outras doenças mais graves como Aids e tuberculose, a notificação da caxumba não é obrigatória. Isso significa que os médicos não precisam avisar as secretarias de Saúde da ocorrência de casos.




