logo Radioagência Nacional
Geral

Vazamentos colocam em risco atividades de mineradora no Pará

Ministério Público
Baixar
Renata Martins
28/11/2016 - 12:02
Brasília

A mineradora Imerys Rio Capim Caulim, em Bacarena (PA), pode ter as atividades suspensas por causa de vazamentos de rejeitos de minérios.


O mais recente vazamento, proveniente da Imerys, ocorreu dia 29 de outubro e teria contaminado as águas do Rio Pará.


Na sexta-feira (25), os Ministérios Públicos Federal e Estadual recomendaram que a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) suspenda a atuação da mineradora até comprovação de que não há riscos de novos vazamentos.


A Semas informou que ainda não foi notificada. Após receber o documento, a pasta terá três dias úteis para suspender as atividades da Imerys.


De acordo com a recomendação, a empresa tem se envolvido em desastres ambientais com frequência nos últimos anos.


A presença do caulim, minério usado na fabricação de produtos como a porcelana, foi registrado em 42% dos acidentes ambientais.


Para o Ministério Público, a repetição dos vazamentos leva à conclusão de que a mineradora tem problemas operacionais, já que não consegue garantir um nível minimamente aceitável de segurança nas atividades.


Para ter os trabalhos reestabelecidos, a mineradora deverá fornecer informações sobre as causas e consequências do último vazamento e quais medidas vai adotar para evitar novos derramamentos.


O Ministério Público exige que uma auditoria independente aponte se a Imerys está apta a operar de maneira segura.


Por meio de nota, a Imerys disse que recebeu com surpresa a recomendação do Ministério Público. A mineradora acrescentou que todas as informações necessárias para o esclarecimento da ocorrência do dia 29 de outubro já foram feitas à Secretaria de Meio Ambiente.


A Imerys informou, ainda, que as medidas preventivas na área foram tomadas e devidamente apresentadas ao Ministério Público e que sempre atuou em colaboração irrestrita com as autoridades.


A empresa destacou que entre 2013 e 2015 investiu mais de R$ 20 milhões na segurança das operações.

x