O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a mulher dele, Adriana Ancelmo e outras cinco pessoas agora são réus na operação Lava Jato.
A denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro, contra o grupo, feita pelos procuradores do MPF, Ministério Público Federal, foi aceita nesta sexta-feira, pelo juiz Sérgio Moro, da justiça federal, em Curitiba.
Cabral é acusado de ter recebido de 2007 a 2011, R$ 2 milhões e 700 mil reais, em propina desviada da Petrobras, a partir de um contrato com a empreiteira Andrade Gutierrez, para prestação de serviços de terraplanagem, nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.
Os autores da denúncia destacaram que após cinco aditivos, o contrato que inicialmente era de 819 milhões e 800 mil reais, superou pouco mais de 1 bilhão. Alegam que o dinheiro foi usado na blindagem de carros, aquisição de móveis de luxo e roupas de grife.
Preso pela polícia federal em 17 de novembro, quando foi deflagrada a operação Calicute, no Rio de Janeiro, Cabral acabou transferido para a carceragem da polícia federal em Curitiba, no último dia 10. Os outros réus estão no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio.
Os advogados do ex-governador argumentam que pretendem comprovar a improcedência das acusações.
Os reús tem prazo de 10 dias para apresentar a defesa. Depois será a vez da ouvida das testemunhas de defesa e de acusação.





