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Delegacia de Homicídios abre inquérito para apurar circunstâncias da morte de detento em Bangu

Sistema carcerário
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Nanna Pôssa
19/01/2017 - 15:31
Rio de Janeiro

A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro abriu um inquérito policial para apurar o possível homicídio do detento Diego Maradona Silva Souza. A morte ocorreu na cadeia Pedro Melo da Silva, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste da cidade, nesta segunda-feira. De acordo com a Delegacia de Homicídios da capital, uma perícia minuciosa foi realizada e outras diligências seguem em andamento para apurar os fatos e a autoria.

 

A Secretaria de Estado de istração Penitenciária (Seap) afirma que os inspetores de segurança foram chamados à cela por outros internos que diziam que Diego estava ando mal. Ao chegar ao local, os agentes constataram que ele estava morto. O motivo somente será esclarecido, de acordo com a Seap, quando ficar pronto o laudo cadavérico do Instituto Médico Legal (IML).

 

A Seap afirma ainda que Diego estava com outros cinco detentos em uma cela separada dos demais, no chamado "seguro", lugar isolado para onde são levados presos que se dizem ameaçados de morte.

 

O coordenador do Núcleo do Sistema Penitenciário da Defensoria Pública do Estado, Marlon Barcelos, diz que o número de mortes de presos provisórios cresceu

 

Sonora: “A quantidade de presos provisórios morrendo é imensa. As piores unidades prisionais são as de presos provisórios. E por que? Porque estão mais superlotadas. E por que? Porque se prende mal, o Judiciário prende por muito tempo. Os processos se arrastam na Justiça. Às vezes, a gente pode estar falando da morte de um inocente.”

 

Apenas em 2017 foram 17 óbitos nas 50 unidades do sistema penitenciário do Rio, a maioria por causa de doenças, mas todos os casos são apurados por sindicância interna.

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