A Justiça do Trabalho mandou fechar o Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas dos Correios de Mato Grosso. O prédio interditado fica em Várzea Grande, cidade vizinha a Cuiabá.
A ação foi proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios. De acordo com presidente do Sintect, Edmar Leite, a ação teve caráter de urgência após a morte cerebral de um trabalhador, no último domingo.
Celso Luis Gomes, de 47 anos, funcionário da empresa há 23, foi diagnosticado com ‘neurocriptococos’, doença provocada pela inalação de fezes de pombos. Os funcionários da unidade estão em greve desde terça-feira.
O sindicato alega que os cerca de 300 trabalhadores do prédio estão expostos à convivência com escorpiões, ratos e pombos. De acordo com Edmar Leite, a empresa foi alertada do problema.
Segundo os Correios, a informação do sindicalista não procede. E as medidas tomadas pela empresa têm dado resultado, pois segundo informam, em atas recentes de comissão interna não há registro de reincidência do assunto.
De acordo com a decisão do Juiz Alex Fabiano a unidade só poderá voltar a funcionar após realizada a devida dedetização e limpeza do prédio, para a eliminação de pombos e outros animais causadores de doenças. Em caso de descumprimento pode acarretar em multa de R$ 50 mil por dia.
Os Correios informaram que ainda não foram notificados. E que logo que for comunicado oficialmente vai apresentar à Justiça as medidas que estão sendo adotadas. Disse que já iniciou o processo de limpeza e desinfecção em toda a área do Centro de Várzea Grande.
A conclusão está prevista para este sábado. Cortinas de vedação e telas fixas nas portas do prédio também estão sendo instaladas. E na próxima semana serão feitos exames preventivos com médicos pneumologistas para os empregados que atuam no complexo.
Empresa afirmou ainda que tem prestado e à família desde a internação de Celso Luís.
O Centro de Várzea Grande é responsável pela distribuição das correspondências para Mato Grosso e de outros três estados: Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre. A empresa informou que tem feito mutirões para garantir a distribuição da carga postal.
