Três anos e 4 meses após ser deflagrada, a operação Lava Jato ará por mudanças. A Polícia Federal argumenta que as alterações priorizam as investigações contra a corrupção. Mas a força-tarefa da operação no Ministério Público Federal diz que as mudanças prejudicam as investigações.
A Polícia Federal confirmou nessa quinta-feira as mudanças na estrutura da Lava Jato. Agora, os grupos dedicados às operações Lava Jato e Carne Fraca am a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas.
Em nota, a Polícia Federal informou que a mudança prioriza ainda mais as investigações com maior potencial de dano aos cofres públicos, uma vez que aumenta o efetivo especializado neste tipo de crime.
A corporação defendeu ainda que o atual efetivo está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade. E que a nova sistemática não aumenta a carga de trabalho dos delegados. 70 policiais ficarão dedicados a essas investigações.
A Polícia Federal afirma que a iniciativa coube ao delegado Igor Romário de Paula, coordenador da Lava Jato no Paraná, além de ser apoiada por outros delegados.
Por outro lado, também em nota, a força-tarefa da operação no Ministério Público Federal criticou as mudanças que, segundo os procuradores, vão prejudicar as investigações.
Na nota, a força-tarefa diz que a redução do efetivo da polícia no atual governo não é adequada a demanda e que a ausência de exclusividade do grupo em investigar os crimes relacionados a Lava Jato prejudicam a especialização no tema. Ao final do documento, o Ministério Público Federal diz esperar que seja revista a decisão de mudar a estrutura da Polícia Federal envolvida na Lava Jato.
* Matéria atualizada às 21h para acréscimo de informações.
