Policiais e bombeiros do RN continuam sem ir às ruas mesmo depois de decisão da Justiça
Os policiais militares, civis e os bombeiros do Rio Grande do Norte continuam sem sair às ruas apesar da decisão da Justiça para retorno imediato às atividades. Os servidores da segurança pública começaram a paralisação no dia 19, devido o atraso no pagamento dos salários e à falta de condições no trabalho.
A desembargadora Judite Nunes considerou o movimento ilegal e ainda estipulou multa diária, que varia de R$ 2 mil a R$ 30 mil em caso de descumprimento da ordem. Na decisão, ela considerou o aumento de saques e roubos registrados na última semana.
O Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte decidiu que a categoria deve continuar parada. A Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares do estado afirmou que dificilmente voltará ao trabalho sem a infraestrutura adequada. O presidente da entidade, Eliab Marques, argumenta que não existem condições mínimas.
Sonora: “Viaturas em total desacordo com o Código de Trânsito Brasileiro. Equipamentos inoperantes, por exemplo, coletes vencidos. Armamento e munição insuficientes, às vezes até inexistente. Sem fardamento.”
O presidente da Associação dos Oficiais Militares estaduais do Rio Grande do Norte, Antoniel Moreira, concorda que faltam materiais de trabalho para a categoria voltar a patrulhar as ruas.
Sonora: “O fato é que o rio grande do norte nos sucessivos governos foi sucateando a Polícia Militar. Já faz três anos e meio que a PM não licita uniforme. Peças de viaturas é a maior dificuldade para se ter. A documentação das viaturas, a maioria, mais de 90% estão irregulares.”
A assessoria de imprensa do governo do Rio Grande do Norte informou que, mesmo diante de uma grave crise financeira, o governo depositou, no dia 22, o salário de todos s servidores públicos do estado que recebem até R$ 3 mil. Na ocasião, 67% dos policiais militares e 63% dos bombeiros receberam os salários.




